terça-feira, 13 de julho de 2010

crReMe gaUDério

Este creme inventei noite dessas... como todo aprendiz de mestre cuca, gosto de inventar. E das veis inté qui dá certo!
Tinha eu programado de fazer um uma torta de aipim com charque no forno. Mas minha vontade era de tomar uma boa sopa. Então adaptei.
O aipim é daqueles que vem limpo no saquinho de matéria com água, se achar do amarelo melhor. Muito prático, pois descascar aipim ninguém merece, deixo congelado e uso quando preciso. Piquei em pedaços menores e coloquei com água só cobrindo. Cozinhar bem, tirar os fios e bater no liqüidificador com metade da água. Se você gosta de alho, coloque na água uns dois dentes esmagados, ajuda a deixar o gosto se quedar com mais pronuncia.
Vai ficar um pirão com jeito de cola... não se assuste. Despeje o creme na panela em que ficou água que restou do cozimento. No liquidificador despeje um copo grande leite, bata para ajudar a limpar o copo e despeje na panela, ligue o fogo e mexa bem. O leite vai tirar o aspecto de grude. Deixei ferver em fogo baixo mexendo aqui e acolá.
Enquanto aipim cozinhava, piquei umas 300g de charque previamente demolhado, daquele da gamela do Moreira da Tiradentes e fritei com bastante cebola picadinha. Roubei uma concha da água do cozimento e despejei no refogado, acresci uma bisnagada de catchup, uma esguichada de shoyu e deixei cozinhar um pouco com a panela tampada. Verifiquei o tempero, por causa do sal charque e, de louco ainda botei um pouco pimenta calabresa, mas pode ser meia pimenta dedo de moça, picadinha sem as sementes.
Despejei o molho de charque para dentro do creme de aipim, mexi bem até retomar a fervura, acertei a consistência com mais água. Deixei ferver meigamente até todo mundo se incorporar de forma conveniente e aprazível.
Coloque mais lenha na lareira, e agregue um fio de azeite, salsinha picada e queijo ralado no seu creme, convoque umas torradinhas para empurrar.



Re susbtanciado de texto de 2004 do Diário Popular

2 comentários:

Ana Cardoso disse...

Adorei a receita. Muito parecida com a do "escondidinho" que aprendi a fazer no nordeste. Um show!

Valéria Barros Nunes disse...

vou ter q ir aí buscar uma gamela do moreira da tiradentes pra fazer a receita?! kkk